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           Os erros são inevitáveis e inerentes a condição humana. Portanto é preciso buscar maneiras de como reagir perante eles. Fundamentamos no autor Dale Carnegie, serão apresentadas dicas de como corrigir o erro com facilidade, com o objetivo de ensinar e sem gerar desgastes nos relacionamentos.

            Em seu livro “Como Fazer Amigos e Influencias Pessoas”, Dale Carnegie narra o fato de um amigo de que foi convencido pela noiva de que precisava de aula de danças. A primeira professora que ele teve foi sincera e disse que ele estava todo errado e que precisava começar do zero. Resultado: ele dispensou a professora.

            Já a segunda professora foi mais sútil dizendo que ele tinha ritmo, mas que seus passos estavam um pouco antiquado e que se ele conseguiu aprender aqueles passos, com certeza iria conseguir dançar melhor. Esta professora soube motiva-lo e ele deu continuidade ao curso e aprendeu a dançar.

            Este exemplo aponta dois extremos: a primeira professora somente apontou seus erros, já a segunda mostrou as qualidades e por isso motivou o amigo de Dale aprender a dançar. Através disso demonstrou que ele teria facilidade de aprender e por isso ele deu continuidade nas aulas e aprendeu  a dançar.

            Lembro-me de quando comecei a trabalhar na indústria de portas que auto até hoje. Comecei no nível operacional, mas precisamente na montagem da porta pronta, o Marcelo (nosso líder) pediu que eu usa-se a parafusadeira para colocar os acabamentos nas portas. Eu nunca havia sequer visto uma parafusadeira. Vocês podem imaginar minha dificuldade.

            Honestamente pensei em desistir deste emprego, até porque trabalha em dois empregos na época. Então, outro colega - o Sidão - veio ao meu encontro e me ensinou usar a ferramenta, dizendo que no começo é assim mesmo e depois a gente vai pegando o jeito. Isso pareceu transformar o trabalho mais fácil de ser realizado e por causa disso e estou na Pormade até hoje.

            Também na educação das crianças devemos usar deste principio. Se meu filho comete um erro e eu corrijo severamente apontando seu erro, provavelmente ele irá criar um trauma e jamais irá aprender a lição. Se, ao contrário, eu for compreensivo falar da dificuldade da atividade, mas que ele é capaz de supera-la, seguramente irá superar e aprender.

            O autor cita a história de Ely Culberston que quando veio para os Estados Unidos procurou emprego como professor de filosofia sem alcançar êxito, tentou outras atividades sem sucesso. Ele frequentava aulas de bridge e uma professora lhe disse: “você joga tão bem, nunca pensou em dar aulas?”. A partir destas palavras ele encontrou o incentivo que necessitava e chegou até escrever livros sobre o assunto e virou um profissional da área. Somente por uma palavra numa mesa de cartas.

            Devemos ter consciência e responsabilidade sobre nossas palavras, posso levantar e derrubar alguém com o que lhe digo. Por isso devemos mensurar bem antes de proferir uma correção ou até mesmo uma brincadeira para outra pessoa.

            Outro relato citado, foi do menino que havia sofrido um acidente de carro e tinha dificuldades nos estudos, sofrendo preconceito por parte dos professores e bulling por parte dos colegas. Seu pai teve a ideia de comprar um baralho educativo com cartas de multiplicação, divisão, soma e subtração.

            No começo o menino teve bastante dificuldade para resolver as equações, mas pouco a pouco foi melhorando seu rendimento e a cada pequeno progresso seu pai o elogiava. É notório que o ser humano, quando elogiado fará um pouco melhor, e dará um algo mais para na próxima vez, receber outro elogio. Contudo, a maioria das pessoas não elogiam. Se alguém age corretamente, dentro do esperado, ninguém diz nada. Porém, se esta mesma pessoa agir fora do padrão esperado, um pouco que for, então aguarde os "carões", as críticas, e até as humilhações. Chega a ser inusitado, uma novidade, quando um pai, um chefe, um professor, um irmão, demonstra sua satisfação com o filho, o aluno, o irmão, o colega de trabalho.    

         Os erros existem e fazem parte da nossa finitude humana, mas se aplicarmos este ensinamentos conseguiremos supera-los e corrigi-los com mais facilidade.

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Dale Carnegie
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