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          O cenário no qual se encontram as organizações apresenta produtos e preços cada vez mais semelhantes o que torna o mercado mais competitivo. Diante disso os gestores das empresas tem buscado aprimorar o serviço prestado por seus profissionais.

          Para isso tem investido em treinamento. Contudo para que o treinamento atinja seus objetivos necessita de uma nova abordagem voltada para o ensino de adultos. Neste contexto a andragogia surge como uma proposta válida e eficaz.

         O termo “Andragogia” tem origem grega: andro (adulto) agein (guiar conduzir). Somente na década de 1960 o pensamento sobre andragogia apareceu como “a arte e a ciência de ajudar o adulto a aprender” e foi estudada como uma teoria voltada para aprendizes adultos contrapondo-se com a teoria do aprendizado de crianças e jovens conhecida como pedagogia. Esta teoria teve como seu mentor Malcolm Knowles (SOBOLL, 2010).

Segundo KNOWLES (2009), a andragogia surgiu para fazer frente à complexidade educativa demandada pelo adulto, a quem, via de regra, é dispensada tratamento de acordo com princípios pedagógicos que não levam

em conta suas vivências, interesses e expectativas.

            Desta forma, em resposta às críticas referidas à educação de adultos, a andragogia visa fazer emergir modelos de aprendizagem de adultos a serem considerados na prática educativa. É importante enfatizar a flexibilidade que caracteriza esses modelos, pois permite sua aplicabilidade em contextos educativos diversos, possibilitando sua utilização com públicos adultos diversos, independentemente de idade, sexo, raça ou nível sociocultural (BARBOZA, 2012). Prova disso é sua aplicação no curso de pós-graduação da empresa Pormade Portas que conta com um publico bem diversificado no que diz respeito a idade, nível intelectual e funções dentro da organização.

            Para uma melhor compreensão do termo andragogia Lima (2014) apresenta uma tabela que compara a pedagogia com a andragogia:

Treinamento com Foco em Andragogia

            Para que um treinamento com foco em andragogia obtenha êxito é preciso que o professor se transforme num tutor eficiente de atividades de grupos, devendo demonstrar a importância prática do assunto a ser estudado, teve transmitir o entusiasmo pelo aprendizado, a sensação de que aquele conhecimento fará diferença na vida dos alunos; ele deve transmitir força e esperança, a sensação de que aquela atividade está mudando a vida de todos e não simplesmente preenchendo espaços em seus cérebros. (CAVALCANTI, 2014).

            A professor Evula S. A. Lira (2014) ensina que as crianças aprendem ou são estimuladas para o aprendizado pela criatividade, já os adultos pela  necessidade. Daí a relevância dos professores terem a didática andragogica para transmitir os conteúdos de modo que os alunos constatem a relevância do conteúdo para sua vida.

            Portanto um treinamento com foco em andragogia deve estimular o autodidatismo, a capacidade de auto avaliação e autocrítica, as habilidades profissionais, a capacidade de trabalhar em equipes. Deve ainda enfatizar a responsabilidade pessoal pelo próprio aprendizado e a necessidade e capacitação para a aprendizagem continuada ao longo da vida. Segundo Cavalcanti (2014) é importante que as pessoas compreendam sua responsabilidade social, para que se formem profissionais competentes, seguros de suas habilidades profissionais e comprometidos com a sociedade. Por isso a andragogia será uma ótima ferramenta para ajudar a atingir estes objetivos.

             Do exposto acima, é possível concluir que a andragogia como treinamento e capacitação para adultos precisa focalizar mais o processo e menos o conteúdo que está sendo ensinado. Por isso Franco (2014) indica que estratégias, como estudos de caso, encenações, simulações e auto avaliações são mais úteis. Usando destes recursos, os professores e profissionais de treinamento adotam um papel de “facilitador de conhecimentos” o que segundo estudos apresentam melhores resultados.

Referências Bibliográficas

 

BARBOZA, M. das G. A. Fidelis. A aula universitária - Figurações das Coreografias de Ensino. 2012. 44f. Tese (Doutorado em Educação na Especialidade em Formação de Professores) – Universidade de Lisboa Instituto de Educação, 2012.

 

CAVALCANTI, Roberto de A. Andragogia: A Aprendizagem nos adultos. Revista de Clínica Cirúrgica da Paraíba Nº 6, Ano 4, (Julho de 1999). Disponível em http://www.ccs.ufpb.br/depcir/andrag.html. Acesso em: 2 out. 2014.

 

FRANCO, Paula. Andragogia, uma estratégia em T&D. Paso Treinamento. Disponível em http://www.pasotreinamento.com.br/artigos/andragogia_uma_estrategia.pdf. Acesso 03 out. 2014.

 

LIMA, Robson C. de. O que é Andragogia. Stance Gestão e Treinamento. Disponível em http://www.stancebrasil.com.br/artigos.asp?cod_site=0&id_artigo=21. Acesso em: 01 out. 2014.

 

Knowles, M.; Holton III, E. F. & Swanson, R. A. (2009). Aprendizagem de resultados: uma abordagem prática para aumentar a efetividade da educação corporativa. (Sabine Alexandra Holler Trad.). Rio de Janeiro: Elsevier.

 

LIRA, Evula S. Araújo. Treinamento com foco em Andragogia. União da Vitória, UNIUV, 26 set.2014. Palestra ministrada aos alunos do curso de pós-graduação: MBA em Gestão de Pessoas e Negócios.

 

SOBOLL, Renate Stephanes. Metodologia andragógica e docência transdisciplinar na educação a distância. 2010. 10 f. Artigo (Métodos e Tecnologia) - UAB/UnB, Brasília-DF, 2010.

Neste artigo, é considerado como “Facilitador do Conhecimento” todo e qualquer profissional que tenha como responsabilidade a transmissão de conteúdos que desperte no indivíduo o interesse pelo aprender.

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