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DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA DE ESTUDO FOTOCATALÍTICO

Autores: Douglas Waismann e Flavia Leticia Moissa

INTRODUÇÃO

 

          O tratamento de efluentes industriais antes do seu lançamento em corpos hídricos é um importante fator na proteção ambiental. O aumento da população e o desenvolvimento de novas tecnologias e equipamentos acabam por aumentar e acelerar a produção de agentes poluentes e a proliferação de agentes patogênicos. Diante deste contexto percebe-se a necessidade de desenvolver técnicas para sanar ou diminuir os impactos e problemas advindos da poluição.

          Uma destas técnicas é a fotocatálise que faz parte dos Processos Oxidativos Avançados, baseados na formação de radicais livres, como o radical hidroxila (.OH). Esses radicais são altamente oxidantes capazes de degradar os compostos poluentes em espécies químicas inócuas, como gás carbônico e água. Nos processos fotocatalíticos o radical hidroxila é formado a partir do peroxido de hidrogênio ativado pela luz ultravioleta (H2O2 →hv→ 2 . OH).

 

  

OBJETIVOS

 

OBJETIVO GERAL

 

Construir um sistema que utilize a luz ultravioleta para degradar substancia tóxicas.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 

a) Levantar dados e informações para construção do sistema;

b) Desenvolver um sistema fotocatalítico utilizando materiais de fácil obtenção;

 

 

 

METODOLOGIA

 

 

         Inicialmente foi feita uma pesquisa bibliográfica para levantamento de informações sobre a construção de um sistema de fotodegradação para substâncias tóxicas. Esta pesquisa foi feita com base em artigos acadêmicos (FERREIRA, 2005; NOGUEIRA, 1995; ZIOLLI et al, 1998).

                Foram adquiridas seis chapas de MDF de 60cm altura por 60cm de largura. Então foi construída uma caixa quadrada com as medidas acima citadas, sendo que uma destas chapas foi utilizada para fazer uma porta e em duas chapas foram feitos orifícios circulares para passagem da fiação elétrica utilizada. Posteriormente foi fixada na parte superior interna da caixa um lâmpada ultravioleta de 8 watts de potência.

           

 

MATERIAIS

 

  • Seis chapas de MDF, branca, com 60 cm de comprimento X 60 cm de altura.

  • Lâmpada ultravioleta 8 watts;

  • Dois soquetes para lâmpada 8 watts;

  • Reator 9 watts;

  • Fios elétricos de 2,5 mm²;

  • Dois plugues 180º de 10A – 2 pinos;

  • Uma tomada 180º de 10A – 2 pinos;

 

 

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

            O sistema está em fase inicial de seu desenvolvimento, passando por testes para melhoria de alguns detalhes.

            Nesse sistema a degradação de substancias ocorrerá mediante a presença de um catalizador, denominado fotocatalisador, que será ativado por radiação na região do ultravioleta.

 

 

 

 

REFERÊNCIAS

 

FERREIRA, I. V. L. (2005). Fotocatálise heterogênea com o TiO2 aplicada ao tratamento de esgoto sanitário secundário. 160 p. Tese (Doutorado) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade São Paulo, São Carlos, 2005.

 

NOGUEIRA, R. F. P. (1995). Fotodestruição de compostos potencialmente tóxicos utilizando TiO2 e luz solar. 87 p. Tese – Instituto de Quimica, Universidade Estadual de Campinas, Campinas 1995.

 

ZIOLLI, R. L.; JARDIM, W. F. (1998). Mecanismo de fotodegradação de compostos orgânicos catalisada por TiO2. Química Nova, v.21, n.3, p. 319-325.

A IMPORTÂNCIA ECONÔMICA E NUTRICIONAL DO MEL E PRODUTOS ORGÂNICOS – ESTUDO DE CASO EMPRESA BREYER E CIA LTDA

Autores: Douglas Waismann e Juliane Boiko Bohone

INTRODUÇÃO

 

       A preocupação com a sustentabilidade, que se observa em todo mundo, criou um nicho de mercado específico para os produtos obtidos em consonância com os princípios “verdes”, mercado este que vem ocupando cada vez mais espaço junto ao mercado tradicional, apesar disso é um nicho de mercado pouco conhecido e explorado, até mesmo por uma questão cultural de nossa região.  (OLIVEIRA; SEABRA, 2006).

         Além do mel, existem outros produtos orgânicos que podem ser comercializados nesse tipo de empreendimento como: pólen, geleia real, extrato de própolis e propolina. Todos esses produtos propiciam benefícios para o saúde e para o meio ambiente. Segundo Longhini (2007) a própolis tem diversas ações farmacológicas, destacando-se as ações anti-inflamatória, cicatrizante, antitumoral, antimicrobiana e antifúngica.

          O estudo de caso será na Breyer e Cia Ltda, empresa tradicional no mercado de produtos apícolas. Está localizada em União da Vitória-PR entre os estados do Paraná e Santa Catarina, região rica em florestas nativas e água.

 

OBJETIVOS

 

OBJETIVO GERAL

Demonstrar a relevância do mel e dos produtos orgânicos para economia e qualidade de vida das pessoas.

 

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Apresentar o mel e os produtos orgânicos como um importante nicho de mercado

  2. Verificar os benefícios de uma alimentação que contenha produtos orgânicos;

  3. Analisar o problema cultural do Brasil acerca dos produtos orgânicos;

 

METODOLOGIA

 

       O presente trabalho irá evidenciar a importância do mel e dos produtos orgânicos para a economia, demonstrando o nicho de mercado que a produção e comercialização destes produtos podem proporcionar a nossa cidade, região, estado e país. Para isso partiremos do exemplo da Breyer & Cia Ltda.

         Além disso, veremos o impacto positivo que uma alimentação a base de mel e produtos orgânicos pode causar as pessoas.   Por fim verificaremos por que nosso país é um dos menores consumidores de mel, apesar de estar entre os maiores produtores.

 

RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

        A Breyer & Cia Ltda tem uma estratégia simples e eficaz para comercializar seus produtos baseada no fato de ser fácil e possível o armazenamento do mel. Eles procuram estocar o produto e vende-lo quando os preços estão elevados. A relocação de funcionários também é feita quando há pouca produtividade, mas em contra partida, quando a safra está em alta, são contratados funcionários temporários (geralmente de novembro a março). Outra forma de alavancar as vendas neste mercado é produzir o produto para que seja comercializado por terceiros.

         Pensando no meio ambiente, a Breyer & Cia Ltda, desde 2002 implantou o Programa de Produção Apícola Orgânica, que consiste em desenvolver ações sustentáveis desde o produtor rural até o consumidor final, disponibilizando alimentos de alta qualidade nutricional sem a presença de produtos químicos. Este programa permite o recebimento da Certificação Orgânica e com ela há a possibilidade de conquistar mercados mais exigentes a nível mundial, valorizando os produtos bem como os produtores.

          É interessante constatar que a região nordeste é o maior fornecedor de mel para o Breyer & Cia Ltda, cerca de 208 apicultores, isso se deve ao fato de que a localização das colmeias devem ser em áreas nativas, sem lavouras com agrotóxicos ou transgênicos nas proximidades (cerca de 5 Km). Na região Sul a lavoura tem crescido bastante o que impossibilita os apicultores conseguirem a certificação do seu produto.

           A cadeia produtiva do mel implica na coleta do mesmo feita por pequenos e grandes apicultores. A Breyer & Cia Ltda possui 372 fornecedores de mel, dentre estes 25 estão localizados em nossa região. Para ser um fornecedor é preciso ter um número mínimo de 100 colmeias e segundo os responsáveis pela empresa, existem vários pequenos apicultores em nossa região que não atingem esse mínimo. A partir dessa quantidade poderíamos desenvolver uma cooperativa com esses produtores otimizando e aumentando sua produção. Entretanto seria necessário um trabalho de esclarecimento e convencimento com esses pequenos produtores, pois a grande maioria tem as colmeias como um hobby e por isso não tem interesse em tornarem-se fornecedores.

        Em relação a geleia real estudos indicam que ela melhora o metabolismo basal, eleva a taxa da imunidade, estimula o crescimento, auxilia na prevenção da osteoporose, evita o envelhecimento precoce, inibe o aparecimento de células cancerígenas e é um ótimo regulador hormonal e intestinal (CASAGRANDE, 2009). Com relação ao mel sua ingestão em estado natural aumenta consideravelmente o numero de anti-corpos no organismo (KEIZI, sd). Apesar das pesquisas científicas demonstrarem os benefícios dos produtos apícolas, a Breyer & Cia Ltda e demais empresas não podem divulgar ou informar isso aos consumidores, pois a legislação brasileira é bastante rigorosa no que diz respeito à indicação de propriedades terapêuticas em produtos registrados como alimentos.

        Segundo Pereira et al., (2003), o Brasil apresenta características especiais de flora e clima que, aliadas à presença da abelha africanizada, lhe conferem um forte potencial para a atividade apícola, embora seja pouco explorado. Apesar de todos esses benefícios o mel e os produtos orgânicos tem um consumo baixo em nosso país cerca de 300g per capta por ano (BERALDO e BARBOZA, 2011).

        A cultura tem grande influencia no comportamento de determinado grupo social e segundo Pinheiro et. al., (2006), é notório que a cultura brasileira não está voltada para o consumo do mel e produtos orgânicos. Para exemplificar este dado a bióloga Priscilla D. Amarantes, responsável do controle de qualidade da Breyer & Cia Ltda nos fez o seguinte questionamento: “Quem conhece coca-cola?” e depois repetiu a pergunta trocando coca-cola por própolis. As respostas afirmativas diminuíram drasticamente de uma pergunta para outra.

          Segundo Azevedo (2006) a influência dos meios de comunicação social é um grande empecilho cultural, pois esta encontra-se a serviço de patrocinadores que almejam garantia da venda de seus produtos, independentemente de sua qualidade. O ideal seria que nós consumidores tivéssemos a consciência de que nossa opção de compra por produtos orgânicos tem um profundo significado ambiental e social. Dessa forma, é possível perceber que a comercialização de produtos naturais e regionais estão muito relacionados a própria cultura da região.

 

 

REFERÊNCIAS

 

AZEVEDO, E. Alimentos Orgânicos. Tubarão: Unisul, 2006. 267 p.

 

BERALDO, R.M; BARBOZA, R.A.B. Dossiê técnico – apicultura orgânica, 2011, p 41.

 

CASAGRANDE, V.L. Produtos Apícolas. Revista CASAGRANDE. Chapecó, 2009. Disponível em: http://www.ceo.udesc.br/pagina/caderno_rural_4%AA_edi%E7%E3o.pdf>. Acesso em: 20 jan. 14.

 

LONGUINI, Renata. et al. Obtenção de extratos de própolis sob diferentes condições e avaliação de sua atividade antifúngica. Revista Brasileira de Farmacognosia, 17(3): Jul./Set. 2007, 388-395.

 

KEIZI, M. O valor medicinal do mel. São Paulo: Nova Sampa. Sd. 66p.

 

PINHEIRO, R. M.; CASTRO, G. C.; SILVA, H. H; NUNES, J. M. G. Comportamento do consumidor e pesquisa de mercado. 3.ed. Rio de Janeiro : Editora FGV Management, 2006.

 

PEREIRA, F.M., et al. Produção de mel. Teresina, 2003. Disponível em:

<http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Mel/SPMel/index.htm>. Acesso em: 11 dez. 2013.

 

OLIVEIRA, F; SEABRA, M. Apicultura em Imbassaí: viabilidade econômica. Mata de São João, 2006. Disponível em: http://www.institutoimbassai.org.br/arquivos/Projetos/ApiculturaRelatorio.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.

A Inteligência Emocional na Gestão de Pessoas

Estudo de caso na empresa Pormade Portas Decorativas Ltda

 

Resumo

O objetivo deste trabalho é evidenciar a relevância da Inteligência Emocional (IE) na gestão de pessoas. É notório que os gestores buscam de diversas formas a realização das metas organizacionais. Para isso precisam de empregados capacitados, satisfeitos e comprometidos com suas atividades. A IE tem influência direta nestes fatores, pois engloba as competências emocionais necessárias para o sucesso pessoal e profissional. Foi realizado um estudo de caso com profissionais de uma indústria do ramo madeireiro para corroborar com as informações apresentadas.

 

Palavras-Chaves: Inteligência, Emoção, Inteligência Emocional, Gestão.

1. Introdução

O mercado de trabalho tem sofrido grandes mudanças nas últimas décadas, em função disso, diversas organizações tem percebido que o desenvolvimento das habilidades emocionais é um elemento essencial na gestão das pessoas.

O problema que será abordado neste trabalho pretende responder o seguinte questionamento: De que forma a inteligência emocional influencia na gestão de pessoas? 

Tem como objetivo geral descrever o impacto da Inteligência Emocional no sistema produtivo de uma indústria fabricante de portas de madeira. Este objetivo geral será desmembrado nos seguintes objetivos: Descrever conceitos e finalidades de Inteligência Emocional nas organizações; Identificar de que forma a inteligência emocional impacta na gestão de pessoas; Analisar quantitativamente os efeitos da Inteligência Emocional na gestão dos colaboradores da empresa Pormade Portas Decorativas Ltda.

Conhecer a função da Inteligência Emocional contribui para entender que seu uso coerente e consciente pode mudar os hábitos do dia-a-dia, da rotina que muitos intitulam desgastante e enfadonha. É importante conhecer as estratégias utilizadas pelos profissionais para autoconhecerem e engrandecer-se com o uso da IE. O segredo pode consistir em difundi-la em si mesmo e transmiti-la aos outros. (PEDREIRA 1997).

 2. Inteligência e Emoção

Analisados separadamente a inteligência e a emoção são temas que possuem grande arcabouço de pesquisa devido ao tempo que já foi dedicado a eles, cerca de quinhentos anos (SIQUEIRA; BARBOSA; ALVES, 1999). Desta forma, é importante evidenciar os principais conceitos para que se tenha uma visão geral sobre os assuntos.

A respeito da inteligência um dos trabalhos com grande notoriedade é a Teoria das Múltiplas Inteligências desenvolvida pelo professor Howard Garder na década de 70 e publicado em 1983 no livro Estruturas da mente: A Teoria das Múltiplas Inteligências.

Segundo Gardner (1994) todos os indivíduos normais, dispõem de oito inteligências sendo elas: linguística, lógico-matemática, espacial, corporal-sinestésica, musical, interpessoal, intrapessoal e naturalista, e que cada indivíduo tem maior habilidade para desenvolver uma determinada inteligência e se utilizam dessas capacidades intelectuais para resolver problemas e criar produtos.

A Teoria das Inteligências Múltiplas tem relevância em âmbito organizacional, pois contribui para o mapeamento das habilidades individuais de cada funcionário, tornando-se possível identificar as potencialidades e as limitações de cada indivíduo na formação de grupos de trabalhos estratégicos, visando melhorar a eficácia organizacional. (NORUZI; RAHIMI, 2010).

Assim como a inteligência, as emoções são importantes para gestão de pessoas. Afinal as emoções fazem parte das pessoas e deve-se buscar integrá-las ao racional para a obtenção de resultados.

Mayer e Salovey (1990) definem emoção como fenômenos psico-fisiológicos que organizam o comportamento em maneiras eficientes de adaptação às exigências dinâmicas do ambiente. As emoções alteram e influenciam três níveis do ser humano:  nível cognitivo (alterando o foco da atenção para aspectos mais importantes e ativando lembranças relevantes da memória de longo prazo); nível fisiológico (preparando o organismo para uma resposta efetiva e condizente com a demanda ambiental); nível comportamental (produzem comportamentos expressivos levando informações às outras pessoas e também impulsionam comportamentos instrumentais).

As emoções são responsáveis por balizar fatos importantes na vida das pessoas, pois influenciam na forma como elas reagem perante as experiências vivenciadas (FORTES D´ANDREA, 1996).

Robbins (2005) acredita que os gestores não podem controlar as emoções de seus colegas e subordinados, porque estas fazem parte da natureza humana. Neste sentido alguns incorrem no erro de ignorar elementos emocionais e/ou avaliar determinados comportamentos como se fossem apenas racionais.

3. Inteligência Emocional

A Inteligência Emocional (IE) tornou-se conhecida na década de 90 após a publicação de Daniel Goleman (1995) “Inteligência Emocional”, entretanto foi conceituada pela primeira vez pelos autores Salovey e Mayer como a capacidade de perceber, avaliar e expressar emoções e ainda a aptidão de acessar sentimentos para facilitar o pensamento para promoção do crescimento emocional e intelectual. (MAYER & SALOVEY 1997, citado por WOYCIEKOSKI & HUTZ, 2009, p.3).

No processo de adaptação as pessoas possuem maior ou menor capacidade para lidar com as informações emocionais. Isso é precisamente o que está na base da IE, conforme conceitua Salovey e Mayer (1990) é a capacidade de processar as informações emocionais e usá-las favoravelmente no processo adaptativo.

A forma como as pessoas reagem as emoções geram os comportamentos. Além disso, o ser humano nasce com certas tendências emocionais que revelam ser o temperamento um dado genético. Contudo esse temperamento pode ser treinado, pois como Goleman (1995, p.237) afirma “[...] temperamento não é destino [...]”.

Goleman (1995) distingue e define a IE a partir dos conceitos de Inteligência Interpessoal e Intrapessoal. A Inteligência Interpessoal é a capacidade de compreender as outras pessoas: o que as motiva, como trabalham e como trabalhar cooperativamente com elas. E a Inteligência Intrapessoal demonstra a capacidade de formar um modelo preciso de si mesmo e através desse modelo agir eficazmente na vida.

No cerne da Inteligência Interpessoal está a empatia. Eisenberg e Strayer (1987) definem a empatia como uma resposta emocional que deriva da percepção do estado ou condição de outra pessoa. Portanto empatia é a capacidade de compartilhar uma emoção percebida de outra pessoa, sentindo a mesma emoção que ela está sentindo.

A respeito da Inteligência Intrapessoal, merece destaque a competência emocional do individuo, que envolve a capacidade de identificar os próprios sentimentos e de gerenciar bem as emoções em si mesmo, utilizando os sentimentos para guiar o pensamento e a ação (GOLEMAN, 2001).

O Dr. Hendrie Weisinger (2001) em seu livro Inteligência Emocional no Trabalho aprimora e simplifica o conceito de Goleman (1995) afirmando que a IE é o uso inteligente das emoções, fazer de forma intencional que as emoções trabalhem a seu favor usando-as para auxiliar no seu comportamento e raciocínio para obter melhores resultados.

3.1 Técnicas da Inteligência Emocional

É importante perceber que independente das condições físicas, sociais e culturais nas quais o individuo está inserido, ele pode ampliar seu nível de IE. Desta forma temos que a IE pode ser nutrida, desenvolvida e ampliada. Para isso precisa praticar as técnicas que compõe a IE, este trabalho irá se ater nas seguintes técnicas: autoconsciência, controle emocional e motivação. (WEISINGER, 2001).

3.1.1 Autoconsciência

Dentre as aptidões da IE, a autoconsciência merece destaque, pois significa estar "consciente ao mesmo tempo de nosso estado de espírito e de nossos pensamentos sobre esse estado de espírito" (GOLEMAN, 1995, p. 60). Além disso, a autoconsciência pode ser uma atenção  não  reativa  e  não julgadora  de  estados  interiores.

A consciência tem relação direta com identidade. Ela viabiliza de forma explicita ou implícita, que independente dos impulsos e enfoques com os quais a pessoa se depara ao longo da vida, ela pode ser ela mesma e sempre será ela mesma. (DEL NERO, 1997). Assim constata-se que a autoconsciência tem influência no desenvolvimento da personalidade.

Segundo Goleman (1995) a autoconsciência pode ser mais eficaz perante sentimentos fortes, conduzindo da aversão para a compreensão e consequentemente atitudes positivas. A pessoa ter consciência que está com raiva, por exemplo, lhe oferece um maior grau de liberdade, no sentido de que não irá agir embasada neste sentimento e ainda buscará meios para tentar sublimar esse sentimento.

A autoconsciência demanda consciência de si próprio e de suas metas. Consequentemente as metas implicam em ações que necessitam de vários fatores: informações (e onde localiza-las), planejamento, pro-atividade, avaliação e retomada de decisão. Portanto a autoconsciência é o mecanismo que permite administrar os estímulos externos e as capacidades internas ou cognitivas do individuo. (GOLDBERG, 2002).

3.1.2 Controle emocional

É possível controlar as emoções?

Segundo os autores pesquisados a resposta é sim e não. Não, porque as emoções são uma força interior que precisa ser canalizada. E sim, porque através do treinamento e repetição é possível conhecer e adestrar as emoções. Conforme o individuo vivencia e repete as situações o cérebro reflete e cria caminhos e hábitos neurais que serão uteis no momento que a pessoa for acometida por emoções fortes. (GOLEMAN, 2012).

É importante conhecer e direcionar as emoções, pois estas exercem um poder considerável sobre nossa razão ou forma de raciocinar: “[...] os sentimentos exercem uma forte influência sobre a razão, os sistemas cerebrais necessários aos primeiros se encontram enredados nos sistemas necessários a segunda [...]” (DAMASIO, 2001, p. 276).

Para controlar as emoções é preciso enfrentá-las. Segundo Davidoff (2001) enfrentar as emoções é um processo dinâmico que, inerentemente, está disposto a mudanças. Assim quando uma emoção é enfrentada gera um estado de atenção permanente diante da emoção. Isso é estrategicamente positivo, pois é possível reavaliar e mudar as formas de reação perante a emoção enfrentada.

Filliozat (1998) propõe algumas etapas a serem ultrapassadas para que seja canalizada a emoção: 1) reconhecer e aceitar; 2) falar e compartilhar; 3) decodificar (nomear as emoções); 4) buscar informações; 5) rememorar os seus sucessos acerca das emoções experienciadas; 6) usar do contato físico para interpretar a emoção; 7) abrir espaço na mente para prever atos positivos perante a emoção; 8) agir conforme o que foi idealizada em sua consciência; 9) rememorar este evento da emoção suplantada para futuras situações nas quais irá deparar-se com as emoções.

           

 

3.1.3 Motivação

Spector (2002, p. 198) define a motivação como sendo “[...] um estado interior que induz a pessoa a assumir determinados tipos de comportamento.” Assim podemos concluir que a motivação é algo intrínseco a pessoa e que cada um deve buscar ou conhecer os motivos que lhe impulsionam a agir.

A motivação se reveste de importância, porque está diretamente relacionada às ações ou comportamentos dos indivíduos. As pessoas agem não somente por sua capacidade de fazer algo, mas principalmente pela vontade e/ou motivos de realizar essa ação. (HERSEY; BLANCHARD; 1986).

Por fim, Davidoff (2001) nos alerta sobre o cunho cultural e social da motivação. O autor acredita que todos os motivos do ser humano são direta ou indiretamente influenciados pela cultura ou meio no qual o sujeito está inserido.

4. Inteligência Emocional na Gestão

Vários autores asseguram que uma gestão que vise promover um maior aproveitamento e à melhoria dos recursos humanos disponíveis pode ser considerada um dos grandes segredos das organizações (PIMENTA, 2006). Nesta mesma linha Chiavenato (2009) afirma que a gestão de recursos humanos é a função que permite a colaboração dinâmica das pessoas para alcançar os objetivos tanto organizacionais, quanto individuais. Tendo em vista que estes objetivos se unem e complementam.

Está cada vez mais evidente o fato de que a qualidade de um empreendimento é determinada, na maioria das vezes, pela qualidade das pessoas que ele emprega (ROBBINS e DECENZO 2004). Portanto, os gestores precisam compreender e avaliar o ser humano em todas as suas dimensões.

A dimensão emocional precisa ser levada em conta, pois segundo Goleman (1995) diversos indícios atestam que as pessoas emocionalmente competentes que conhecem e lidam bem com os próprios sentimentos e consideram os sentimentos das outras pessoas levam vantagem em qualquer campo da vida, seja nas relações amorosas e íntimas, seja assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na política organizacional.

Segundo Weisinger  (2001) a autoconsciência é o elemento básico da IE, pois está no cerne de aptidões cruciais para o desenvolvimento emocional. Em função disso a autoconsciência precisa ser treinada e uma das formas de treina-la é examinar o modo como são feitas as avalições. Entenda-se por avaliação as impressões, interpretações, apreciações e expectativas que o indivíduo tem acerca de si mesmo e de outras pessoas e situações com as quais se depara.

As emoções podem afetar tanto de forma positiva quanto negativa o desempenho dos profissionais no trabalho (ROBBINS, 2005). Desta forma as empresas procuram controlar e direcionar essas emoções negativas em seus funcionários de modo que possam motiva-los, pois entendem que a administração eficaz das emoções pode ser decisiva para o sucesso da organização.

Peter Druker, citado por Goleman (1995, p. 174) cunhou a expressão “trabalhadores do conhecimento”, a respeito deste tipo de funcionário ele afirma que “a qualificação desses trabalhadores é altamente especializada, e que sua produtividade depende de se condicionarem seus esforços como parte de uma equipe organizacional”. 

A reunião é um exemplo de trabalho em equipe organizacional, na reunião busca-se um QI (quoeficiente de inteligência) de grupo - reunir todas as inteligências do grupo para solucionar um problema. Contudo só será possível alcançar esse QI se os membros da equipe ou ao menos o líder ou facilitador da reunião tenha um elevado QE (quoeficiente emocional) para conduzir a reunião de modo que todos tenham a oportunidade de expor suas ideias e opiniões.

Além de agir de modo intencionalmente, é possível e importante ajudar os colegas de trabalho se comportarem desta forma, afinal o desempenho de cada funcionário afeta toda empresa. Weisinger (2001) aponta quatro maneiras de ajudar os outros a se ajudar: manter sua perspectiva emocional; saber como acalmar uma pessoa descontrolada; ser ouvinte solidário e ajudar a pessoa a planejar e alcançar suas metas.

5. Estudo de Caso Indústria Madeireira

A educação emocional, além de favorecer a ampliação dos relacionamentos, torna possível a cooperação no ambiente de trabalho. (STEINER; PERRY, 2001). A empresa Pormade acredita nisso e por este motivo investe na capacitação emocional de seus colaboradores com treinamentos periódicos. Nestes treinamentos foi possível aplicar um teste que mensura o QE dos colaboradores e posteriormente verificar a relevância da IE na gestão de pessoas.

A Pormade Portas Decorativas Ltda é uma indústria de kits porta pronta de madeira situada na região Sul do estado do Paraná. Tem como um de seus principais valores o treinamento e retenção de seus talentos profissionais. Valor este que lhe já lhe concedeu prêmios e reconhecimento nacional e internacional na gestão de pessoas e qualidade de vida no trabalho e a consolidou como uma das melhores marcas no ramo.

O estudo de caso nos grupos de melhorias da empresa contemplou oitenta e nove profissionais, cerca de 37% dos colaboradores. Esses funcionários receberam um treinamento sobre IE que foi dividido em duas atividades conforme segue abaixo.

5.1.  Treinamento sobre IE no Trabalho

Um treinamento que vise esclarecer e desenvolver a Inteligência Emocional dos profissionais é de grande relevância para as organizações, pois como apontou Robbins (2005) as emoções afetam diretamente a performance dos profissionais no trabalho.

Esse fator indica ser pertinente a realização de um treinamento com o tema Inteligência Emocional, pois segundo Goleman (1995) diversos indícios atestam que as pessoas emocionalmente competentes que conhecem e administram bem com os próprios sentimentos e consideram os sentimentos das outras pessoas levam vantagem em qualquer campo da vida, seja no âmbito pessoal e/ou profissional.

A atividade realizou-se no setor administrativo da empresa que conta com quarenta e cinco profissionais. Todos os treinamentos foram gravados em DVD’s e qualquer profissional da empresa pode ter acesso através da videoteca instaurada na Universidade Corporativa Pormade – UNICOP.

O modelo de treinamento foi a apresentação de livros relacionados ao assunto. Após a apresentação abriu-se espaço para discussão e depoimento dos que desejarem. Este tipo de treinamento permite mensurar o nível de IE dos profissionais participantes. E ainda prepara-los para o teste sobre IE que se apresentou posteriormente.

5.2– Teste Inteligência Emocional

A atividade 2 visa dirimir as lacunas evidenciadas na atividade 1. Consiste na apresentação dos conceitos básicos sobre IE e posteriormente aplicação de um teste que verifica de forma quantitativa o nível de IE dos profissionais.

Richardson (1989) ensina que o método de análise quantitativo caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas.

A Pormade conta com grupos de melhoramento, divididos pelos setores que atuam. Esses grupos se reúnem periodicamente para diversos tipos de treinamentos. Foram aproveitadas essas reuniões para aplicar o treinamento proposto.

Existem diversos testes que podem mensurar a IE do sujeito. Dentre eles pode-se citar o Inventário de Competência Emocional - ECI (Emotional Competence Inventory). Foi criado por Goleman (1998) que propôs uma bateria de cinco escalas de avaliação da inteligência emocional: auto-consciência, auto-regulação, motivação, empatia e habilidades sociais.

Outra medida conhecida é o inventário EQ-i., (Bar-On,1997). Trata-se de uma escala com 133 itens, apresenta subtestes que pretendem avaliar cinco dimensões, a saber: 1. Habilidade Intrapessoal; 2. Habilidade Interpessoal; 3. Adaptação; 4. Gerenciamento de estresse; 5. Humor geral.

Tem-se ainda, a Escala Multifatorial de Inteligência Emocional (The Multifactor Emotional Intelligence Scale - MEIS). Este é uma medida de desempenho formatada em quatro escalas: 1. Identificação/percepção das emoções. 2. Assimilação de Emoções. 3. Compreensão de emoções. 4. Gerenciamento de emoções. (Mayer; Caruso; Salovey, 2000)

Embora a maioria destas medidas já se encontre disponível no mercado editorial, somente podem ser aplicadas por profissionais da psicologia. Em função disso o teste aplicado, conforme anexo 1,  foi desenvolvido pelo Dr. Hendrie Weisinger (2001) em seu livro Inteligência Emocional no Trabalho. Este teste tem o intuito de contribuir para que os participantes tomem consciência de suas aptidões emocionais e consequentemente consigam desenvolve-las.

Espera-se que após a realização do teste seja possível avaliar cada setor e/ou profissional e direcioná-los para treinamentos que visem o desenvolvimento de sua IE, criando uma organização mais saudável e produtiva. O teste foi aplicado conforme tabela abaixo.

Tabela 1 – Teste de Inteligência Emocional

Fonte: Weisinger (2001)

Segundo Weisinger (2001) as perguntas que receberam nota igual ou inferior a “4” revelam competências emocionais que podem ser melhoradas. Para isso classificou as perguntas em cinco grupos que indicam as aptidões da IE:

  1. Autoconsciência: 1, 6, 11, 12, 13, 14, 15, 17, 18, 19, 20, 21;

  2. Controle das Emoções: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9, 10, 13, 27;

  3. Automotivação: 7, 22, 23, 25, 26, 27, 28;

  4. Relacionar-se bem: 8, 10, 16, 19, 20, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 42, 43, 44, 45;

  5. Ser Mentor Emocional: 8, 10, 16, 18, 34, 35, 37, 38, 39, 40, 41, 44, 45;

 

A partir desta classificação foi elaborado um percentual das respostas que indicam a necessidade de treinamentos direcionados ao tema conforme ilustrado no Gráfico 1:

 

Gráfico 1 – Percentual de Respostas Baixas

 

 

Este gráfico demonstra que o Controle das Emoções é a aptidão que merece maior atenção por parte dos líderes da empresa, visto que 35,34% das respostas apontam para carência dessa competência dentre os entrevistados. E, portanto deve ser mais bem treinada dentro da organização.

É possível analisar ainda que a Autoconsciência é competência que os entrevistados demonstraram ter um maior domínio. Este indicador é extremamente otimista, pois como foi visto, as pessoas autoconscientes tem clareza sobre suas emoções e por isso possuem boa saúde psicológica e tendem a ter uma visão positiva da vida. (GOLEMAN, 1995).

A pesquisa abrangeu quatro setores da empresa. No Gráfico 2 é possível visualizar as respostas com índice inferior divididas em cada um destes setores. Verifica-se que os Setores 3 e 4 são os mais críticos e que precisam de uma atenção redobrada dos gestores de modo a dirimir os impactos negativos de uma equipe com baixos índices de IE.

Com essas informações os gerentes de cada setor podem direcionar e/ou intensificar os treinamentos nas áreas mais necessitadas, de modo que consigam ampliar a IE de seus liderados e consequentemente aumentar a produtividade e qualidade de vida no departamento.

           

Gráfico 2 - Percentual de Respostas Baixas por Setor

 

 

 

6. Conclusão

A partir dos conceitos sobre inteligência e emoção apresentados verificou-se que tanto a inteligência quanto a emoção devem ser levadas em conta na gestão de pessoas, pois são intrínsecas ao ser humano.

Embora não sejam todos que possuem as técnicas e aptidões da IE, é possível nutri-las, desenvolve-las e amplia-las (GOLEMAN, 1995).

Analisando a IE na gestão de pessoas foi possível comprovar que esta tem papel fundamental das organizações. O estudo demonstrou que o uso inteligente das emoções, possibilita que as emoções trabalhem favoravelmente auxiliando no comportamento e raciocínio. Tudo isso contribui para um melhor desempenho e melhores resultados dos profissionais (WEISINGER, 2001).

O estudo de caso feito na empresa Pormade Portas de Madeiras Decorativas Ltda comprova que pessoas emocionalmente inteligentes são capazes de gerir, não somente as suas emoções, mas também as emoções daqueles com os quais se relacionam. Isso evita desperdício de tempo e energia tornando a empresa mais produtiva e eficiente.

A partir dos gráficos apresentados foi possível perceber que a IE está presente no dia a dia dos profissionais e que é possível identificar as lacunas em cada setor. Essa constatação comprova a influência direta e indireta que a IE tem na gestão das pessoas. Essa influência pode um dos grandes diferenciais nas organizações, pois promove a colaboração entre as pessoas na busca dos objetivos organizacionais (CHIAVENATO, 2009).

A IE tem interferência direta na gestão das pessoas, pois é algo inerente ao ser humano. Em função disso é mister para os gestores saber geri-la em si mesmos e em seus subordinados. 

 

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UTILIZAÇÃO EM COMPÓSITOS DE PARTÍCULAS DE EUCALIPTO

Autores: Douglas Waismann e Flavia Leticia Moissa

 

 

INTRODUÇÃO

         As novas tecnologias têm exigido cada vez mais, materiais com combinações incomuns de propriedades que não são atendidas pelas ligas metálicas, cerâmicas e materiais poliméricos. Diante disso, combinações e faixas das propriedades dos materiais foram e estão sendo ampliadas através de desenvolvimentos de materiais compósitos. Diversos setores industriais buscam avanços tecnológicos e científicos na elaboração de novos materiais, com isso, apresentam grande possibilidade da utilização de resíduos oriundos de indústrias florestais e agrícolas como matéria prima para o reforço em matrizes poliméricas. Para tanto, existe a necessidade de elucidar aspectos fundamentais sobre as matérias primas empregadas e sobre as propriedades dos produtos obtidos.

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL: Confeccionar e avaliar compósitos plásticos reforçados com fibras lignocelulósicas provenientes de eucalipto.  

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  1. Preparar compósitos com 5%; 10% e 15% de partículas de eucalipto;

  2. Realizar um comparativo entre o compósito e o material constituído somente de polímero em diferentes propriedades como densidade, dureza e resistência ao impacto.

 

METODOLOGIA

          Os compósitos podem ser definidos como materiais constituídos pela combinação de dois ou mais materiais que, após serem misturados, podem ser perfeitamente identificados em sua massa a ainda apresentam propriedades superiores a de seus materiais constituintes em separados. O crescente interesse por esses materiais por diversos setores se deve a boa sinergia na interação dos componentes que o formam, oferecendo melhores características estruturais para determinadas aplicações que seus constituintes não ofereciam individualmente, além de fatores econômicos (CALLISTER JUNIOR, 2002; CASARIL ET AL, 2007; RAGHU ET AL, 2010).

           Compósitos são materiais constituídos por uma fase continua, denominada matriz e por uma fase descontinua ou dispersa, denominada reforço. A matriz envolve e suporta os materiais de reforço, mantendo-os em sua posição relativa e também é responsável por transmitir as forças de cisalhamento entre as camadas de reforço e por proteger o reforço de danos superficiais. A fase de reforço está distribuída na matriz e é geralmente mais rígida e resistente, por isso atua como um reforço à matriz (LEÃO, 2008; MOTA, 2010)

             A escolha de materiais para o reforço é bastante complexa, pois existem variações de tipos, formas e tamanhos, podendo ainda se fazer combinações (híbridos). Para a escolha do material de reforço alguns requisitos devem ser levados em consideração, tais como: melhoria nas qualidades desejadas, baixa absorção de umidade, baixo custo, disponibilidade e compatibilidade com a matriz. Em compósitos poliméricos, as fibras são os principais materiais de reforço, como fibras de vidro e fibras/partículas de vegetais. Os materiais estruturais devem ter resistência, rigidez e maleabilidade que geralmente se encontram nas fibras. O seu papel é suportar as cargas máximas e impedir que as deformações ultrapassem limites aceitáveis (OLIVEIRA, 2007; MOTA, 2010).

REAGENTES E MATERIAIS

  • Partículas/serragem de madeira de eucalipto;

  • Policloreto de Vinila (PVC);

  • Agente plastificante dioctilftalato;

  • Máquina de impacto;

           Todos os compósitos serão preparados nas proporções: 100% polímero, 5%, 10% e 15% de reforço de partícula de eucalipto pelo método de extrusão e mistura fundida dos  componentes. Os corpos de prova para determinação das propriedades físico-mecânicas serão preparados em tamanho e dimensão de acordo com normas técnicas. Deverão ser realizados ensaios de impacto e dureza e verificada a densidade dos corpos de prova obtidos.  

RESULTADOS ESPERADOS

            O fato de o Brasil ser um dos maiores produtores de fibras celulósicas de eucalipto demonstra a grande expectativa em se adaptar o seu uso para reforços de matrizes poliméricas. Porém, aspectos relativos à compatibilidade das fibras com as matrizes poliméricas e a sua influência nas propriedades do material devem ser elucidadas.

            Espera-se que o processamento dos compósitos mostre-se eficiente quando comparado com as propriedades mecânicas, como resistência ao impacto e dureza, do polímero puro. Com relação à densidade, espera-se que a mesma não seja extremamente afetada.

REFERÊNCIAS

CALLISTER JUNIOR, W.D. Ciências e engenharia de materiais: uma introdução. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2002. 589 p.

CASARIL, A, et al. Análise micromecanica dos compósitos com fibras curtas e partículas. Revista Matéria, Rio de Janeiro, v. 12, p. 408-419, 2007.

LEÃO, M. A. Fibras de Licuri: um reforço alternativo de compósitos poliméricos. 2008. 109 p. Dissertação – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2008.

MOTA, R. C. S. Análise de viabilidade técnica de utilização da fibra de bananeira com resina sintética em compósitos. 2010. 107 p. Dissertação – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2010.  

OLIVEIRA, J. F. S. Estudos da influência da configuração em compósitos poliméricos hibridos. 2007. 118 p. Dissertação – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2007.

RAGHU, K et al. Chemical resistence studies of silk/sisal fiber-reinforced unsaturade polyester-based composites. Journal of Reinforced Plastics and Composites, Westport, v. 29, p

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