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O SENTIDO DA VIDA COMO MOTIVAÇÃO PARA O TRABALHO

Resumo

As empresas buscam o máximo de produtividade de seus funcionários para redução de custos e uma maior competitividade. Para alcançar esse intento é notória a relevância da motivação no ambiente de trabalho. A motivação tem ligação direta com o sentido que o trabalhador encontra na atividade realizada. Portanto o objetivo deste trabalho é apresentar um estudo acerca do sentido da vida como fator primário da motivação no trabalho. Foi realizada uma pesquisa sobre a “logoterapia”, teoria psicanalítica cunhada por Victor E. Frankl. A “logoterapia” demonstra que o ser humano se move em busca de sentido. O estudo bibliográfico do trabalho elenca a opinião de determinados gurus da administração (Gary Hammel, Luiz Marins, etc) que corroboram com a opinião de Frankl e com isso verificamos as afirmações do papel fundamental do líder no processo motivacional e de busca de sentido.

Palavras-chave: Sentido da vida; Motivação; Produtividade;

INTRODUÇÃO

       O presente trabalho tem como objetivo demonstrar a direta relação do sentido da vida com a motivação para o trabalho. Consequentemente perceber que os funcionários que trabalham motivados produzem mais e com maior qualidade. Para isso será usada a teoria cunhada por Victor Frankl: logoterapia, que demonstra de forma empírica que o ser humano se move em busca de sentido e não somente condicionado e impulsionado pela busca de prazer e poder.

          Será apresentada a opinião de alguns gurus em administração que corroboram com a opinião de Frankl e através de suas explanações ficará evidenciado o papel do líder como facilitador no processo de motivação e da busca pelo sentido de seus subordinados.  

OBJETIVOS

Objetivo Geral: Verificar que o sentido da vida é o fator motivacional primário de todo ser humano para realização de qualquer atividade.

Objetivos Específicos:

a) Comprovar a relevância da busca de sentido para a produtividade organizacional;

b) Verificar a relação entre sentido da vida e motivação;

c) Evidenciar o papel do líder na motivação e busca do sentido de seus subordinados.

  

  

RESULTADOS E DISCUSSÃO

          Pela amplitude e complexidade do tema é difícil definir a Logoterapia em poucas palavras, contudo faremos uma breve tentativa devido à relevância do termo para o estudo. Logoterapia é uma psicoterapia existencial centrada na busca de sentido que parte da dimensão espiritual do ser humano (FRANKL, 2007).  Assim Frankl entende que o ser humano se move na busca de sentido, é condicionado pelo prazer e poder, mas possui liberdade de escolher portanto não é determinado. Não é empurrado por impulsos mais atraído por um sentido. Toda vida humana tem um sentido em si mesma, logo é impossível conceber uma vida sem sentido.

        A logoterapia apresenta os valores como caminhos de descoberta para o sentido da vida. Para a logoterapia os valores podem ser: criativos, vivenciais e de atitude. Os valores criativos são aqueles que o indivíduo experimenta que é capaz de dar algo ao mundo: escrever um livro, compor uma música, fazer uma palestra, etc. Os vivenciais são quando a pessoa descobre que além de dar, pode receber algo: amar alguém, contemplar a arte, a natureza. E os valores de atitude são as disposições interiores diante de situações irreversíveis e irreparáveis: dor, culpa e morte (FRANKL, 2007).  Dentro dos valores criativos o autor afirma que o ser humano é capaz de encontrar um sentido do trabalho, no qual o que importa não é a profissão em si, mais a maneira como é realizada (FRANKL, 2007). Se o funcionário encontra sentido na atividade que esta realizando a fará mais motivado, pois para Frankl a busca de sentido é a mais forte motivação do ser humano é a vontade que busca  o sentido da vida.

         Dessa forma a pessoa que encontra sentido no seu trabalho tem a capacidade de fazer algo pessoal no exercício de sua função. Ir além do que é especifico do seu cargo. E isso depende do homem de quem e do modo com faz (FRANKL, 2007). A palavra “sentido” pode ser traduzida como meta no ambiente de trabalho, a partir disso temos que as metas são fatores motivacionais para os funcionários, pois elas dirigem a atenção para a atividade a ser realizada e mobilizam e encorajam os envolvidos para a execução da tarefa (OLIVEIRA, 2010).

         É papel do líder observar seus funcionários e perceber como e porque realizam suas tarefas diárias, questionar se as fazem somente por obrigação ou com o objetivo de ajudar. Tudo que fazemos por obrigação é imposto ou regido por nossa moral, já o que fazemos espontâneamente é impulsionado pelo amor. Clóvis de Barros Filho (2011) afirmou que a moral é uma tentativa de imitar o amor, ou seja, se todos amassem de verdade a moral seria desnecessária.

         Uma das formas dos líderes motivarem e ajudarem seus funcionários a encontrar sentido é através da empowerment. Empowerment é uma expressão que significa dar poder ou dar autoridade. Assim empowerment é uma ação de gestão estratégica que visa o melhor aproveitamento do capital humano nas organizações por meio da delegação de poder. As vantagens são a maior motivação e satisfação das pessoas, o que gera um maior potencial de competitividade (MARINS, 2009).

        Dessa maneira Gary Hamel (2008, p.73) afirma que: “A empresa precisará da imaginação de cada funcionário para manter suas margens de lucro líderes de categoria”, ou seja, através do empowerment aproveitam-se as ideias dos funcionários permitindo um crescimento da empresa e consequentemente dos funcionários que são premiados e ou promovidos.

AGRADECIMENTOS

       A Deus que é meu supra-sentido e, portanto sustenta a busca do sentido em minha vida. E a minha esposa Sissa por sua ajuda e amor incondicional que lhe confere a capacidade de captar-me em minha mais pura singularidade.  

REFERÊNCIAS

BARROS, C.F. “A vida que vale a pena ser vivida”, Palestra proferida por ocasião do 37º aniversário da UNIUV em União da Vitória-PR  no dia 19 de setembro de 2011.

FRANKL, V.E. Fundamentos y aplicaciones de la Logoterapia. Buenos Aires: San Pablo, 2007. 175 p.

HAMEL, G. O Futuro da administração. Rio de Janeiro: Elsevier, Campus. 2008. 251 p.

MARINS, L. Só não erra quem não faz. São Paulo: Landscape. 2009. 159 p.

OLIVEIRA, A.C. de L.; MORAIS, E.S.; RIBEIRO, S.S.S.G.; Desenvolvimento e Motivação de uma equipe de projeto: um estudo exploratório sobre o papel do líder. ”In”: ENENGEP – Encontro Nacional de Engenharia de Produção, XXX, 2010, São Carlos. Conferencia. São Carlos: s.n, 2010.

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